sexta-feira, 27 de março de 2020

O ARCADISMO NO BRASIL

ARCADISMO


PERÍODO: Segunda metade do Séc. XVIII

MARCO INICIAL: Publicação das "Obras Poéticas", de Cláudio Manuel da Costa e fundação da Arcádia Ultramarina.
TÉRMINO: 1836 (início do Romantismo)

Que havemos de esperar, Marilia bela?

Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que tarde já vem frias,
e pode enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
 o estrago de roubar ao corpo as forças,
e ao semblante a graça!

(Tomás Antonio Gonzaga)




Arcadismo ou Neoclassicismo são denominações que recebe o moviento artistico do século XVIII. Caracteriza-se pelo restabelecimento do equilíbrio clássico, rompido durante o período Barroco. Define-se como uma reação aos exageiros verbais da arte barroca, opondo-se ao rebuscamento, à ornamentação exagerada, às sutilezas do barroquismo uma volta a simplicidade e a clareza, orientadas no sentido da razão, da verdade e da natureza, que se tornam molas mestras da criação.
O séc. XVIII marca-se pela superação de conflitos espirituais da época anterior. A fé e a religião são substituidas pela razão e pela ciência.
É o século das luzes, do Iluminismo, da ilustração. O jesuitismo contra reformista perde a relevância, e,  politicamente, os reis não mais se apóiam no poder eclesiástico e  na teoria do Direito Divino dos Reis, mas nos principíos racionais  do Depotismo Esclarecido, cujo fermento ideológico são as teorias de Montesquieu e Voltaire.
As novas idéias têm por centro radiador a França. A ciência conhece o extraórdinário desenvolvimento, ocupando lugar da visão teocêntrica do universo. Surgem a Física de Newton,  a Química de Lavosier, a Biologia de Bueton e Lineu, a Psicologia de Locke. A burguesia conhece uma fase de grande prosperidade: é o momento do emprego da energia a vapor na indústria têxtil inglesa.
A nova abertura social traduz-se em críticas à ordem social vigente, implícitas ou explícitas do Iluminismo. Rousseau, em O Contrato Social e Emílio, nega as desigualdades entre os homens, firmando as teorias do homem natural e do bom selvagem, com desdobramentos que se estendem até meados do seguinte. Montesquiel, com O Espirito das Leis, fundamenta a noção de que a sociedade deve ser racionalmente reformada, propondo a divisão tripartida do poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Voltaire, nas Cartas Filosóficas, ataca, com sua cortante ironia as instituições do clero e da monarquia de direito divino. É um momento de transformação que assiste à transferência da liderança histórica da aristocracia para a burguesia.
A dúvida, o pessimismo, a negação do homem, a mortificação da carne, atitudes típicas do Barroco, são substituidas pelo otimismo, pela crença no valor da ciência como fator de transformação e processo do homem, na certeza de que o exercício da razão levaria a todas as verdades. Os enciclopedistas, como Diderot, promovem a divulgação apaixonada das novidades ciêntíficas e filosóficas da época.
Portugal conheceu, no séc. XVIII, um periodo de grande prosperidade, gerada pelo afluxo do ouro no Brasil e pela asssimilação dos ideais do Iluminismo e do Depotismo Esclarecido. O Marquês de Pombal, Ministro de D. José I (1750 - 1777), é, politicamente, a figura dominante do período. Modelo acabado do déspota esclarecido impõe profundas trasnformações administrativas e educacionais.
Expulsa os jesuítas do Brasil, submete a Santa Inquisição e retira a educação do âmbito religioso, escolástico, estimulando a divulgação de ideias científicas da época. Promove a laicização do ensino (criação do não ensino religioso, estatal e particular), além de ampla reforma universitária.
A descoberta do ouro em Minas Gerais teve profundos reflexos na vida nacional. Delas decorreram:

a) o descolamento do centro da Colônia Nordeste (Pernambuco e Bahia) para o Sudeste (Minas Gerais e Rio de Janeiro); 


b) o surgimento de uma sociedade urbana, complexa, nas cidades mineiras, com maior mobilidade social;


c) o recrudescimento da fiscalização sobre a arrecadação dos tributos devidos a Portugal e o aumento da carga tributária, o que provocou reações, como a Rebelião de Vila Rica e a Inconfidência Mineira;


d) o aparecimento de associações de homens cultos, as academias e as arcádias, que transpunham para a Colônia modismos artísticos e intelectuais da Europa.


A literatura integra-se à vida brasileira, ainda que não se possa falar em Literatura Nacional, começa haver no Arcadismo a integração orgânica entre a população da Colônia, os autores e as obras; vale dizer, só a partir da 2ª metade do séc. XVIII, há autores brasileiros cujas obras ocorre ressonância da vida colonial e seus anseios.

O nativismo e o ufanismo setecentista não exaurem na descrição laudatória da fauna e da flora, ou dos aspectos exóticos e pitirescos; haja visto um caráter reinvidicatório, exteorizando pelas rebeliões coloniais contra Metrópole portuguesa. Começa a se esboçar caminho que levaria à emancipação política e literária do Brasil.


MOMENTO HISTÓRICO


  • Iluminismo
  • Revolução Indústrial
  • Revolução Francesa
  • Inconfidência Mineira
  • Inconfidência Baiana
  • Revolução Pernambucana



CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS DO ARCADISMO

Oposição ao rebuscamento estilístico do Barroco;


  • Arte voltada para o belo, o bem a perfeição; inspirados nos princípios clássicos greco-romanos e renascentistas;
  • Poesia descritiva e objetiva;
  • A natureza convencional é sempre o cenário que emoldura a poesia arcade, pastores, campos, etc;
  • Simplicidade formal;
  • Exaltação à vida pastoril, campestre; no entendimento de que a felicidade e a beleza decorrem da vida do campo.


PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS


Os autores árcades, em geral, viveram na cidade de Vila Rica, onde hoje fica Ouro Preto (MG). Alguns desses escritores, inclusive, participaram da Inconfidência Mineira, movimento separatista que buscava desvincular a região brasileira da Coroa portuguesa.

Assim como Tiradentes (o único dos envolvidos na Inconfidência Mineira a ser condenado à morte, tornando-se mártir posteriormente), os escritores foram presos após Joaquim Silvério dos Reis delatá-los. Como punição, Tomás Antônio Gonzaga foi exilado em Moçambique, e Cláudio Manuel da Costa, supostamente, suicidara-se na prisão. O suicídio é questionado por alguns críticos que sugerem que o autor foi, na verdade, assassinado.



  • Cláudio Manuel da Costa (1729 - 1789): Obras poéticas, Vila Rica.
  • Tomás Antonio Gonzaga (1744 - 1870): Tratado de Direito Natural, Liras de Marília de Dirceu, Cartas Chilenas.
  • Manoel Inácio da Silva Alvarenga (1749 - 1814): Desertor das Letras, Glaura. 
  • Basílio da Gama (1741 - 1795): Epitalâmio às Núpcias da Srª MAria; Amália; O Uraguai.
  • Santa Rita Durão (1722 -1784): Caramuru.



BIBLIOGRAFIA


NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens ao nossos dias. São Paulo, Scipione,1998.

https://www.portugues.com.br/literatura/o-arcadismo-no-brasil.html

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

 BARROCO




Prosopopeia
          
I
Cantem Poetas o Poder Romano,
Sobmetendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.

II
As Délficas irmãs chamar não quero,
que tal invocação é vão estudo;
Aquele chamo só, de quem espero
A vida que se espera em fim de tudo.
Ele fará meu Verso tão sincero,
Quanto fora sem ele tosco e rudo,
Que per rezão negar não deve o menos
Quem deu o mais a míseros terrenos.

Esse poema, além de traçar elogios aos primeiros donatários da capitania de Pernambuco, narra o naufrágio sofrido por um deles, o donatário Jorge Albuquerque Coelho. Apesar de os críticos o considerarem de pouco valor literário, o texto tem seu valor histórico pois foi a primeira obra do Barroco brasileiro e o marco inicial do primeiro estilo de época a surgir no Brasil.

A Jesus Cristo Nosso Senhor

Gregório de Matos Guerra
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Antes, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.


"O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu?
Mateus 18:12

O exemplo mais conhecido de sua literatura sacra é o soneto A Jesus Cristo Nosso Senhor. Numa curiosidade dialética o poeta apela para a infinita capacidade de Cristo em redimir os piores pecadores alegando que a ausência de perdão representaria o fim da glória divina.

Trata-se, pois, de um poema simultaneamente contrito e desafiador humilde e presunçosa. Baseia-se numa passagem do Evangelho de S. Lucas, precisamente no capítulo 15, versículo 2 a 7, onde Jesus Cristo conta-nos a parábola (uma narrativa curta que transmite um conteúdo moral) da ovelha perdida e conclui dizendo que há grande alegria nos céus quando um pecador se arrepende do pecado.


Período:  Séc. XVII e  XVII
Marco inicial: 1601, com a publicação do poema épico prosopopeia, de Bento Teixeira.
Termino: 1768, com a publicação de Obras de Claudio Manuel da Costa.

Considera-se o ano de 1601 como o inicio do Barroco no Brasil com a publicação de Prosopopeia de Bento Teixeira Pinto. Esse movimento estende-se até 1768, quando se publica Obras de Claudio Manuel da Costa que marca o seu fim e o inicio do Arcadismo.
O contexto histórico em que se desenvolve esse movimento artístico caracteriza-se pela total alteração da visão de mundo do homem ocidental que passa a viver um angustiante conflito consigo mesmo.
Como vimos a Idade Moderna, com as grandes descobertas e a alteração do olhar do homem sobre si, que passa a reconhecer seus potenciais, passará a dominar uma visão antropocêntrica do mundo, isto é, o homem como o centro do universo.
Ainda no séc. Séc. XVI, ocorre a Reforma Protestante e a Igreja, sentindo seu poder ameaçado, organiza a Contra Reforma numa tentativa de restabelecer o espirito medieval, sobrepondo  Deus aos homens. Diante disso o homem se vê dividido entre o materialismo e o espiritualismo a razão e a fé, a carne  e a alma, o prazer o pecado, o terreno e o divino, o inferno e o céu.
A literatura dos 1600, por isso chamada seiscentista, é assim pela angustia, pela insegurança, pelo questionamento e pela oscilação entre os elementos opostos.
O termo barroco é controvertido, alguns etimologistas afirmam que está ligado a um processo mnemônico ( relativo a memória) que designaria um tipo de pérola de forma irregular ou mesmo um terreno desigual assimétrico.

MOMENTO HISTÓRICO

  • Contra-Reforma da Igreja
  • As Invasões Holandesas

No Maranhão

  • Fundação de São Luis em 08/09/1612
  • Revolução de Backmam em 1684
  • Batalha de Guaxenduba. Novembro de 1614
  • Invasão Holandesa no Maranhão. Novembro de 1641

No Recife
  • Guerra dos Mascates (1710 - 1711)

CARACTERÍSTICAS

  • Conflito entre o material e o espiritual
  • Pessimismo
  • Desequilíbrio entre a razão e a emoção
  • Dualidade; contradição
  • Tendência a ilusão (descrição indireta)
  • Predomínio das figuras de linguagem como metáfora, antítese,  paradoxo e hipérbole, o hipérbato.
  • cultismo: caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, pela valorização do pormenor mediante ao jogo de palavras.
  • conceptismo: marcado pelo jogo de ideias de conceitos, seguindo um raciocínio lógico racionalizada que utiliza uma retorica aprimorada.
PRINCIPAIS AUTORES 

  • Bento Teixeira
  • Gregório de Matos Guerra
  • Manoel Botelho de Oliveira
  • Pe. Antonio Vieira

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Quinhentismo


Período: Século VXI.
Início: 1500-Carta de Pero Vaz de Caminha.
Término: 1601-Prosopopéia de Bento Teixeira, início do Barroco.


O Quinhentismo é o conjunto de manifestações dos anos de 1500, retrata a condição colonial do Brasil com sua terra e população vistas como objetivos a serem conquistados.
A literatura é feita no Brasil, mas reflete a visão de mundo as ambições do homem europeu, particularmente do ibérico que manifesta duas preocupações distintas apesar da aparente antagonismo complementares: de um lado a preocupação com a conquista material resultante da política das Grandes Navegações; de outro a preocupação com a conquista espiritual, a necessidade de ampliar a fé cristã, resultante do movimento religioso da Contra Reforma. Contam que os navegadores portugueses afirmavam ao desembarcar em terras recém-descobertas: “Vinhemos buscar cristãos e especiarias”.


Momento histórico

v As grandes navegações
v A renascença e a Reforma Protestante
v A Europa a caminho da Revolução Industrial
v Primeiras expedições
v Capitanias hereditárias
v  Chega a primeira muda de cana e o primeiro engenho no Brasil em 1532.



Características da literatura quinhentista.

a)   Literatura informativa: com os olhos voltados a conquista material (ouro, prata, ferro, madeira) etc.

          De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito fremosa.(...)
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.
                                             Pero Vaz de Caminha.

  


 Com relação ao índio, a atitude de Caminha foi de certa simpatia:
         
 Andam nus sem nem uma cobertura, nem estimam nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergonhas e estão a cerca disso com tanta inocência como têm de mostrar no rosto. (...) Eles porém contudo andam muito bem curados e muito limpos e naquilo me parece ainda mais que são como as aves ou alimárias monteses que lhes faz o ar melhor pena e melhor cabelo que as mansas, porque os seus corpos seus são tão limpos e tão gordos e tão fremosos que não pode mais ser.
      


 Alude também, maliciosamente, à nudez das índias:

       (...) Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis, com cabelos mui pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que as de nós muito bem olharmos não tinham nenhuma vergonha.




a)   Literatura dos jesuítas: Voltada à catequese.


DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Oh que pão, oh que comida,
Oh que divino manjar
Se nos dá no santo altar
            cada dia!
.............................................
Este dá vida imortal,
este mata toda fome,
porque nele Deus e homem
            se contêm.
.............................................
Que este manjar tudo gaste,
porque é fogo gastador
que com seu divino ardor
           tudo abrasa.

                            Pe. Anchieta.



Principais autores e obras

1.  Literatura informativa de origem ibérica.

v Ambrosio Fernandes Brandão: Diálogos das grandezas do Brasil.
v Gabriel Soares de Sousa (1540? – 1591): Tratado descritivo do Brasil.
v Pero Lopes e Sousa: Diário de Navegação.
v Pero de Magalhães Gândavo: Tratado da terra do Brasil; História da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos de Brasil.
v Frei Vicente do Salvador (1564-1639?): História da Custódia do Brasil.


2.   Literatura dos Catequistas.

v Fernão Cardim: tratado da terra e da gente do Brasil.
v José de Anchieta (1534-1597): Cartas, informações e fragmentos históricos e sermões, poesias, De getis Mendis de Saa; De beata virgine dei Matre Maria; Arte de Gramática da Língua mais usada no litoral do Brasil; e outros: Auto da pregação universal; na festa de São Lourenço; na visitação de Santa Isabel.
v Manuel de Nóbrega: Cartas do Brasil, Diálogo sobre a conversão do gentil.


 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Literatura brasileira


Periodização da literatura brasileira





“Na escola literária não há discípulos: só há mestres.” 
(Carlos Drummond de Andrade)

As eras e as escolas

A literatura brasileira tem sua história dividida em duas grandes eras, que acompanham a evolução política e econômica do país: a Era Colonial e a Era Nacional, separadas por um período de transição, que corresponde à emancipação política do Brasil. As eras apresentam subdivisões chamadas escolas literárias ou estilo de época. Dessa forma, temos:

Era Colonial (de 1500 a 1808)

  •  Quinhentismo (de 1500 a 1601)
  •  Seiscentismo ou Barroco (de 1601  a 1768)
  •  Setecentismo ou Arcadismo (de 1768 a 1808)


Período de transição (de 1808 a 1836)


Era Nacional (de 1836 até  os nossos dias)

  •          Romantismo (de 1836 a 1881)
  •          Realismo/Naturalismo (de 1881 a 1893)
  •          Simbolismo (de 1893 a 1922)
  •          Modernismo (de 1922 até 1945)
  •          Pós Modernismo (de 1945 até nossos dias) 


As datas que indicam o início e o fim de cada época têm de ser entendidas apenas como marcos. Toda época apresenta um período de ascensão, um ponto máximo e um período de decadência (que coincide com o período de ascensão da próxima época).
Dessa forma podemos perceber, ao final do Arcadismo, um período Pré-Romantismo; ao final do Romantismo um Pré-Realismo, e assim por diante. De todos esses momentos de transição, caracterizados pela quebra das velhas estruturas (apesar de “o novo sempre pagar tributo ao velho”), O mais significativo para a literatura brasileira foi o Pré-Modernismo (entre 1902 e 1922), em que se destacam Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Augusto dos Anjos e Lima Barreto.



Painel histórico-literário brasileiro Era colonial


Estilo de
época
Quinhentismo
Seiscentismo
ou Barroco
Setecentismo 
ou Arcadismo
Período de transição
Panorama
Mundial
Grandes navegações
Companhia de Jesus
Contra-Reforma
Portugal sob
domínio espanhol
Iluminismo
Revolução Industrial
Revolução Francesa
Independência do EUA
Guerras
napoleônicas
Panorama
brasileiro
Literatura
Informativa
Literatura dos
Jesuítas


1500
Invasões holandesas
Grupo Baiano


1601
Ciclo da Mineração
Inconfidência
Mineira


1768
Corte portuguesa
no Rio de Janeiro
Independência
Regências


1808


Era nacional

Romantismo
Realismo/ Naturalismo
Simbolismo/Pré-Modernismo
Modernismo

Burguesia no poder
Socialismo
Evolucionismo
Positivismo
Lutas antiburguesas
2ª Revolução Industrial

Pré-Guerra
I Guerra Mundial
Freud e a Psicanálise
Revolução Russa
Vanguardas artísticas
Nazismo
Fascismo
II Guerra Mundial
Guerra Fria

II Império
Guerra do Paraguai
Lutas abolicionistas
Literatura nacio- nal

1836
Abolição
República
Romance realista
Romance naturalista
Poesia parna- siana

1881
Governo de Floriano
Revolta da Armada
Revolta de Canudos



1893
Ditadura de Vargas
Semana da Arte Moderna
As gerações modernistas

1922- Nossos dias

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O emprego das conjunções nas orações coordenadas



Já sabemos que as orações independentes entre si recebem o nome de orações coordenadas, e a conjunção que as relaciona classifica-se como conjunção coordenativa.
As conjunções coordenativas podem estabelecer cinco diferentes relações de sentido entre duas orações coordenadas. Esses sentidos é que determinam a classificação das conjunções.



Veja o quadro:


Principais conjunções coordenativas

Relação de sentido
Exemplos

Aditivas
(e, nem, não só... mas também).

Indica soma/adição em relação à primeira oração


Fez as malas e saiu da cidade
Adversativas
(mas, porém, entretanto).


Indica oposição em
relação à primeira oração


Fez as malas, porém não viajou.
Alternativas
(ou... ou, ora... ora, etc.)

Indica opção/escolha em relação à primeira oração.


Ele ficará aqui ou viajará para a casa dos pais.
Conclusiva
(logo, portanto, por isso etc.)

Indica conclusão em
relação à primeira oração.


Ele está em férias, portanto pode viajar.
Explicativa
(porque, que, pois etc.)


Indica explicação/justificativa em relação à oração anterior



Faça suas malas, porque viajaremos amanhã.