quarta-feira, 30 de janeiro de 2013



Intertextualidade, interdiscursividade e paródia

Você com certeza já conhece a Monalisa do famoso pintor Leonardo da Vinci, um dos mais famosos pintores renascentista e também conhece o criador da turma da Mônica,  Maurício de Sousa. Vamos observar as figuras abaixo:




Ao lado da tela de Leonardo da Vinci, temos uma criação de Maurício de Sousa, um cartunista brasileiro, ao criar o quadro Maurício de Sousa não tinha a intenção de imitar o quadro de Da Vinci, mas sim "dialogar"  com o mesmo e criando humor a partir dele.

Observe os trechos que seguem:

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
                                                (DIAS, Gonçalves. Canção do Exílio)

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos tem mais flores:
"Nossos Bosques tem mais vida"
"Nossa Vida", no teu seio, "mais amores".
                                                                  (Hino Nacional Brasileiro)

Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas mais gostosas
mas custam mil réis a dúzia.
                                               (MENDES, Murilo. Canção do Exílio)

Os três textos são semelhantes. O que se observa é que o texto de Murilo Mendes e o trecho da letra do Hino Nacional, fazem alusão ao texto de Gonçalves Dias, assim como o cartum de Maurício de Sousa faz referência ao quadro de Leonardo da Vinci. Quando um texto cita outro, dizemos que entre eles existe intertextualidade.

Intertextualidade: é a relação entre dois textos caracterizada por um citar o outro.

A intertextualidade pode aparecer em um texto de forma implícita ou explicita.

Intertextualidade implícita: acontece quando um poeta, cartunista, romancista não indicam o autor e a obra donde retira as passagens citadas, pois pressupõe que o leitor compartilhe com ele um mesmo conjunto de informações a respeito das obras que compõem um universo cultural.

Intertextualidade explicita: O texto citado vem entre aspas e em nota indica-se o autor e o livro donde se extraiu a citação.

Agora vamos observar esses dois poemas:

Meus Oito anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem, mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
[...]
   (Cassimiro de Abreu)

Meus Oito Anos

Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
[...]
(Oswald de Andrade)

O primeiro texto, de Cassimiro de Abre, foi escrito no século XIX; o segundo texto, de Oswald de Andrade, foi escrito no século XX. As semelhanças entre os textos são evidentes, pois o assunto deles é o mesmo e há versos inteiros que se repetem.
Nesse tipo de relação estabelecida entre os textos, não há apenas intertextualidade. Há uma relação mais abrangente, que envolvem dois discursos poéticos distintos, duas formas diferentes de ver a infância: a de Casimiro de Abreu, mais idealizada e romântica, a a de Oswald de Andrade, moderna e antissentimental  A esse tipo de relação entre discursos, quando se evidenciam os elementos da situação de produção - quem fez, para que, em que momento histórico, com qual finalidade, etc. - chamamos interdiscursividade.

Interdiscursividade: é a relação entre dois discursos caracterizada  por um o citar outro.

O tipo de relação existente entre os dois textos também é chamado de paródia.

Paródia: é um tipo de relação intertextual em que um texto cita outro geralmente com o objetivo de fazer-lhe uma crítica ou inverter ou distorcer suas ideias.

A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro, depende do repertorio do leitor, do seu acervo de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais. Daí a importância da leitura, principalmente daquelas obras que constituem as grandes fontes da literatura universal. Quanto mais se lê, mais se amplia a competência para aprender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências, citações e alusões. Por isso cada livro que se lê torna maior a capacidade de aprender, de maneira mais completa, o sentido dos textos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CEREJA, Willian Roberto & Magalhães, Tereza Cochar. Português Linguagens: vol.1. São Paulo: Saraiva, 2010.
FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto, leitura e redação. 9. ed. São Paulo: Ática, 2005.
TERRA, Ernani & Nicola, José de. Práticas de linguagem: leitura & produção de texto. São Paulo: Scipione, 2001.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


FUNÇÕES DA LINGUAGEM


"Uma pessoa quer sempre convencer a outra com seus argumentos. Nós regulamos a nossa linguagem em função do ouvinte.”
(Dino Pretti)

“Toda vez que interagimos com outras pessoas por meio da linguagem, sempre há em nossa fala uma intenção de modificar o pensamento ou o comportamento de nossos interlocutores.”
(Cereja e Magalhães)

Em todo ato de comunicação existe uma intenção por parte do emissor da mensagem, nela vai predominar uma determinada função da linguagem. A função, portanto, está intimamente relacionada ao objetivo do emissor da mensagem, seja ela verbal ou não-verbal.
Antes de iniciarmos o estudo de cada uma das funções da linguagem tenha em mente o seguinte:

1) Ao estudar uma mensagem, devemos considerar sua função na situação de comunicação em que essa mensagem foi produzida.

2) Mesmo que não tenha consciência ou conhecimento das funções da linguagem - e a maioria das pessoas não tem esse conhecimento - , o emissor sempre vai montar sua mensagem de acordo com a finalidade pretendida.

3) Nenhuma mensagem apresenta uma única função da linguagem: uma das funções será predominante, mas nunca exclusiva, única.

As funções da linguagem são as seguintes

1) referêncial ou denotativa;
2) emotiva ou expressiva;
3) fática
4) conativa ou apelativa;
5) metalinguistica;
6) poética.

- FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA -


         

Leia a notícia:

FURTO

Arrombador preso 

O desocupado V.M., 27 anos, foi preso ontem à tarde porque estava arrombando casas no Rio Tavares, em Florianópolis. Comissários da 2ª. DP do Saco de Limões encontraram na casa de V.M., na estrada geral do Rio Tavares, uma televisão furtada de T.M.


No texto:

  • Expõe-se uma informação de modo objetivo: o emissor não faz comentários nem expressa julgamentos, isto é, não avalia se o fato é bom ou ruim, certo ou errado, útil ou inútil etc. Ele simplesmente traduz em palavras, de forma objetiva e direta, um fato acontecido;
  • Não há palavras empregadas em sentindo figurado;
  • A noticia não permite mais de uma interpretação;
  • Todos os leitores que tenham o mesmo nível de conhecimento da língua entenderão o texto basicamente da mesma forma (maneira). Essa compreensão não depende de sentimentos, de juízos críticos, de emoções etc., pois as palavras foram organizadas de modo a informar objetivamente um fato;
  • Citam nomes de pessoas que existem ou existiram.


No texto lido predomina a função referencial ou denotativa da linguagem.

Resumindo

Função referencial: é a mais comum das funções da linguagem e centra-se na informação. A intenção do emissor de uma mensagem em que predomina essa função é transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma forma direta e objetiva, sem ambiguidades, com palavras empregadas no seu sentido denotativo.


- FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA -



Leia:

Vivi momentos de intensa beleza à noite, quando fazia passeios à proa do navio (...) Numa dessas noites, assisti pela primeira vez na vida a um espetáculo quase irreal, que muitos velhos marujos ainda não tiveram a felicidade de ver: um arco-íris de lua. Em plena noite de lua cheia, chovendo ao sul, um fantástico arco-íris no céu... (KLINK, Amyr. Cem dias entre o céu e mar. 25 ed. Rio de Janéiro, José Olympio, 1985. p.15)

O autor do texto conta suas aventuras no mar na narrativa:

  • O emissor está centrado em si mesmo: trata das suas emoções, sensações. Por isso, há verbos na primeira pessoa ("vivi, assisti"); 
  • O narrador manifesta opiniões com as quais outras pessoas podem ou não concordar: "intensa beleza", "fantástico arco-íris". Portanto, o narrador retrata a realidade subjetivamente, do seu ponto de vista, e não objetivamente;
  • Percebem-se as emoções do narrador;
  • No final do texto, ocorrem reticências; este sinal de pontuação pode revelar, na língua escrita, o envolvimento emocional do emissor;
  • São comuns em texto desse tipo também os pontos de exclamação e de interrogação;
  • A função emotiva pode aparecer em texto não-verbal. Podemos citar como exemplo as caricaturas, uma vez que o emissor exagera uma característica da personagem ou pessoa retratada. 

RESUMINDO

Função emotiva: Temos essa função quando a intenção do produtor do texto é posicionar-se em relação ao tema que está abordando, é expressar seus sentimentos e emoções, o texto resultante é subjetivo, um espelho do animo, das emoções, do temperamento do emissor.

- FUNÇÃO FÁTICA - 



Leia:

Achei legal o panorama. Hiper, não acha?
Muito! A maior lua, tá entendendo? E a gente lá, é isso aí...

  • O texto não é objetivo. trata-se de uma fala vaga, cheia de rodeios. Na verdade o emissor transmite pouca informação;
  • A mensagem apresenta expressões imprecisas: "legal", "hiper", " é isso ai";
  • O emissor testa o canal com o ouvinte: "não acha?", "tá entendendo?".


Nessa mensagem predomina a função fática da linguagem.
Nesse caso, a informação que se transmite é secundária, pois o objetivo mais imediato do emissor é simplesmente manter aberto o canal de comunicação entre ele e o ouvinte.
Além de ser utilizada para testar o canal, a função fática também ocorre quando o emissor:

a) Quer iniciar a comunicação:

- Olá como vai? - perguntou o homem de olhos empapuçados. (Graciliano Ramos)

b) visa prolongar o contato com seu receptor:

- Ela não desanima nunca... você concorda? não acha?

c) deseja interromper o ato da comunicação:

- Qualquer dia, amigo eu volto a te encontrar.
Qualquer dia, amigo, a gente vai  se encontrar. (Milton Nascimento/ Fernando Brant)

RESUMINDO

Função Fática: A função fática ocorre quando o emissor deseja verificar se o canal de comunicação está funcionando ou se ele está sendo compreendido pelas pessoas que o ouvem.


- FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA -

Atente para a seguinte mensagem publicitária:



O objetivo do emissor é influenciar o comportamento do receptor, levando-o a adquirir o produto;
O texto estrutura-se em tornos de verbos no modo imperativo (modo que empregamos para expressar ordem, desejo, convite, apelo)
Nas mensagens com função conativa ou apelativa é também comum a ocorrência de vocativos;
Nos horóscopos e nas receitas culinárias costuma predominar a função conativa;
A função conativa ocorre em mensagens não-verbais presentes na sinalização de trânsito.

RESUMINDO

A Função conativa: Ocorre quando a intenção do produtor da mensagem é influenciar, envolver, persuadir o destinatário.

- FUNÇÃO METALINGUÍSTICA -


Leia:

fornido [Part. de fornir] adj.
1. Abastecido, provido.
2. Robusto, carnudo, nutrido, alentado: "Era uma mulata fornida, de ancas largas, nova e sadia..." (Francisco Julião, cachaça, p.23)
(Dicionário Aurélio Eletrônico)

Nessa mensagem, utiliza-se o código (língua portuguesa) para explicar um elemento do próprio código ( a palavra fornido).
Quando o código é utilizado como assunto ou explicação do próprio código ocorre a função metalinguística, também chamada de metalinguagem.

RESUMINDO

Função metalinguística: Ocorre quando a preocupação do emissor está voltada para o próprio código utilizado, ou seja, o código tema da mensagem ou é utilizado para explicar o próprio código.


- FUNÇÃO POÉTICA - 


Soneto Do Amor Total

Vinicius de Moraes

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


Quando a intenção do produtor do texto está voltado para a própria mensagem, para uma especial arrumação das palavras, quer na escolha, quer na combinação delas, quer na organização sintática da frase, temos a função poética da linguagem.
Ao selecionar e combinar de maneira particular e especial as palavras, o produtor da mensagem busca alguns elementos fundamentais: ritmo, sonoridade, o belo e inusitado das imagens, valores conativos, figuras de palavras.
A utilização de todos esses recursos mostra que o poeta deu grande importância a construção dessa mensagem.

RESUMINDO

Função poética:Caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáforas e demais figuras de linguagem, rima, métrica, etc. É semelhante à linguagem emotiva, sendo que não necessariamente revela sentimentos ou impressões a respeito do mundo.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FARACO, Carlos Emílio & MOURA, Francisco Marto. Língua e literatura. 38 ed. São Paulo: Ática, 1996.
TERRA, Ernani & NICOLA, José de. Práticas de Linguagem: leitura & produção de texto.  São Paulo: Scipione, 2001.





segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


As concepções de Linguagem: Linguagem como expressão do pensamento, Linguagem como instrumento de comunicação e Linguagem como inteiração.







Linguagem:
Para comunicar-se, o homem dispõe  de uma série de recursos, como palavras, gestos, expressões fisionômicas, símbolos, sinais e sons.








 Quando interagimos através da linguagem (quando nos propomos a jogar o "jogo"), temos sempre objetivos, fins a serem atingidos; há relações que desejamos estabelecer, efeitos que pretendemos causar, comportamentos que queremos ver desencadeados, isto é, pretendemos atuar sobre o (s) outro (s) de determinada maneira, obter dele (s) determinadas reações (verbais ou não-verbais). (KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2008. 29p.).
Nesse contexto surgem os interlocutores.

Os Interlocutores: São as pessoas que participam do processo de inteiração por meio da linguagem. 

Vamos observar o conceito de linguagem segundo alguns autores:

Linguagem é todo sistema organizado de sinais que serve de comunicação entre os indivíduos.  (FARACO & MOURA. Gramática. São Paulo: Ática, 2000. 15p.)

Linguagem: 1. Ling. Sistema de sinais usado pelo homem para expressar seu pensamento tanto na fala quanto na escrita. 2. Qualquer conjunto de símbolos usados para codificar dados: linguagem de computação. [ PL: ~ gens].
ENCICL: Linguagem é qualquer sistema de sinais, ou signos, através dos quais dois ou mais seres se comunicam entre si para transmitir e receber informações, avisos, expressões de emoção ou sentimento etc. Embora existam sistemas de linguagem entre animais e até vegetais, é no homem que ela atinge altos níveis de aperfeiçoamento, que se expressam em grande acuidade, [expressividade] e potencial de [armazenamento e memorização], condição básica para a construção de conhecimento e formação de cultura (Caldas Aulete)

Linguagem: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si. (CEREJA, Willian Roberto. Português Linguagens. São Paulo: Saraiva, 2010. 35p.)




A linguagem só é possível na medida em que os interlocutores interagem entre si.


As diversas linguagens que o homem criou ele agrupou em dois blocos:

a) Linguagem verbal: aquela que utiliza palavras (sendo ela falada ou escrita).
b) Linguagem não-verbal: aquelas que utilizam signos que não são palavras. 

As diversas linguagens, combinadas, podem enriquecer-se reciprocamente, como ocorre, por exemplo, no cinema e na televisão. O termo multimídia, de criação e de uso recentes, define o emprego de diversas linguagens.
A linguagem está presente em toda nossa vida e é por meio dela que interagimos com o mundo e nos tornamos seres sociáveis no meio do qual estamos inseridos. No que diz respeito à nossa formação enquanto seres falantes e comunicativos, temos três concepções de linguagem que envolvem questões de ensino e aprendizagem da língua, desdo o nascimento e durante a vida toda.
A primeira concepção consiste na linguagem como forma de expressão do pensamento: esta concepção de linguagem ilumina, basicamente, os estudos tradicionais. Se concebermos a linguagem como tal, somos levados a afirmações - correntes - de que pessoas que não conseguem se expressar não pensam.´


A segunda concepção aborda a linguagem como instrumento de comunicação: esta concepção está ligada à teoria da comunicação e vê a língua como um código (conjunto de signos que se combinam segundo regras) capaz de transmitir ao receptador uma certa mensagem. Em livros didáticos, esta é a concepção confessada nas introduções, nos títulos, embora em geral seja abandonada nos exercícios gramaticais;


E, por final temos a terceira concepção a linguagem como forma de inteiração: nesse contexto temos a linguagem  como uma possibilidade de transmissão de informações de um emissor a um receptor, a linguagem é vista como um lugar de inteiração humana: através dela o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria praticar a não ser falando; com ela o falante age sobre o ouvinte, constituindo compromissos e vínculos que não pré-existiam antes da fala.

Grosso modo, estas três concepções correspondem às três grandes correntes dos estudos linguísticos a) a gramática tradicional, b) o estruturalismo e transformacionalismo, c) a linguística da enunciação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CEREJA, Willian Roberto. Português Linguagens. São Paulo: Saraiva, 2010. 35p.
FARACO & MOURA. Gramática. São Paulo: Ática, 2000. 
GERALDI, João Vanderley. O texto na sala de aula, leitura e produção. Cascavel: Assoeste, 1984.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2008.
TRAVAGLIA, Luis Carlos.  Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez Editora, 2009.