segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


As concepções de Linguagem: Linguagem como expressão do pensamento, Linguagem como instrumento de comunicação e Linguagem como inteiração.







Linguagem:
Para comunicar-se, o homem dispõe  de uma série de recursos, como palavras, gestos, expressões fisionômicas, símbolos, sinais e sons.








 Quando interagimos através da linguagem (quando nos propomos a jogar o "jogo"), temos sempre objetivos, fins a serem atingidos; há relações que desejamos estabelecer, efeitos que pretendemos causar, comportamentos que queremos ver desencadeados, isto é, pretendemos atuar sobre o (s) outro (s) de determinada maneira, obter dele (s) determinadas reações (verbais ou não-verbais). (KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2008. 29p.).
Nesse contexto surgem os interlocutores.

Os Interlocutores: São as pessoas que participam do processo de inteiração por meio da linguagem. 

Vamos observar o conceito de linguagem segundo alguns autores:

Linguagem é todo sistema organizado de sinais que serve de comunicação entre os indivíduos.  (FARACO & MOURA. Gramática. São Paulo: Ática, 2000. 15p.)

Linguagem: 1. Ling. Sistema de sinais usado pelo homem para expressar seu pensamento tanto na fala quanto na escrita. 2. Qualquer conjunto de símbolos usados para codificar dados: linguagem de computação. [ PL: ~ gens].
ENCICL: Linguagem é qualquer sistema de sinais, ou signos, através dos quais dois ou mais seres se comunicam entre si para transmitir e receber informações, avisos, expressões de emoção ou sentimento etc. Embora existam sistemas de linguagem entre animais e até vegetais, é no homem que ela atinge altos níveis de aperfeiçoamento, que se expressam em grande acuidade, [expressividade] e potencial de [armazenamento e memorização], condição básica para a construção de conhecimento e formação de cultura (Caldas Aulete)

Linguagem: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si. (CEREJA, Willian Roberto. Português Linguagens. São Paulo: Saraiva, 2010. 35p.)




A linguagem só é possível na medida em que os interlocutores interagem entre si.


As diversas linguagens que o homem criou ele agrupou em dois blocos:

a) Linguagem verbal: aquela que utiliza palavras (sendo ela falada ou escrita).
b) Linguagem não-verbal: aquelas que utilizam signos que não são palavras. 

As diversas linguagens, combinadas, podem enriquecer-se reciprocamente, como ocorre, por exemplo, no cinema e na televisão. O termo multimídia, de criação e de uso recentes, define o emprego de diversas linguagens.
A linguagem está presente em toda nossa vida e é por meio dela que interagimos com o mundo e nos tornamos seres sociáveis no meio do qual estamos inseridos. No que diz respeito à nossa formação enquanto seres falantes e comunicativos, temos três concepções de linguagem que envolvem questões de ensino e aprendizagem da língua, desdo o nascimento e durante a vida toda.
A primeira concepção consiste na linguagem como forma de expressão do pensamento: esta concepção de linguagem ilumina, basicamente, os estudos tradicionais. Se concebermos a linguagem como tal, somos levados a afirmações - correntes - de que pessoas que não conseguem se expressar não pensam.´


A segunda concepção aborda a linguagem como instrumento de comunicação: esta concepção está ligada à teoria da comunicação e vê a língua como um código (conjunto de signos que se combinam segundo regras) capaz de transmitir ao receptador uma certa mensagem. Em livros didáticos, esta é a concepção confessada nas introduções, nos títulos, embora em geral seja abandonada nos exercícios gramaticais;


E, por final temos a terceira concepção a linguagem como forma de inteiração: nesse contexto temos a linguagem  como uma possibilidade de transmissão de informações de um emissor a um receptor, a linguagem é vista como um lugar de inteiração humana: através dela o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria praticar a não ser falando; com ela o falante age sobre o ouvinte, constituindo compromissos e vínculos que não pré-existiam antes da fala.

Grosso modo, estas três concepções correspondem às três grandes correntes dos estudos linguísticos a) a gramática tradicional, b) o estruturalismo e transformacionalismo, c) a linguística da enunciação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CEREJA, Willian Roberto. Português Linguagens. São Paulo: Saraiva, 2010. 35p.
FARACO & MOURA. Gramática. São Paulo: Ática, 2000. 
GERALDI, João Vanderley. O texto na sala de aula, leitura e produção. Cascavel: Assoeste, 1984.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2008.
TRAVAGLIA, Luis Carlos.  Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez Editora, 2009.






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